quarta-feira, 4 de maio de 2016

Inteligência Emocional


"...capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos." (Goleman, 1998).

Esta é a definição de Inteligência Emocional segundo Goleman, e para ele a inteligência emocional é a maior responsável pelo sucesso ou insucesso dos indivíduos. Há algum tempo atrás, pensava-se de forma muito diferente, defendia-se que o sucesso de uma pessoa dependia do seu raciocínio lógico, habilidades matemáticas e espaciais (QI). Mas o psicólogo Daniel Goleman, com seu livro "Inteligência Emocional" retoma uma nova discussão sobre esta temática, de QI (Quociente de Inteligência) versus IE (Inteligência Emocional).

Na maioria das situações de trabalho, estamos envolvidos numa série de relacionamentos entre pessoas (colegas de gabinete, colegas de departamento, chefes), e segundo este autor, as pessoas com uma maior capacidade de se relacionar, sendo afáveis, compreensivas e gentis têm uma maior possibilidade de terem sucesso profissional.

A inteligência emocional apresenta cinco características essenciais que são uma junção das inteligências interpessoais e intrapessoais. Essas cinco características são: o auto-conhecimento emocional, o controlo emocional, a auto-motivação, a empatia e as competências nos relacionamentos interpessoais. Estas características são fundamentais para conseguirmos um bem-estar e uma melhor adaptação social.

O auto-conhecimento emocional permite-nos reconhecer e entender o que estamos a sentir, e identificar o que cria cada emoção e apenas com essa consciência podemos ganhar maior controlo sobre as nossas emoções e assim geri-las de forma adequada. O controlo emocional capacita-nos no lidar com os nossos sentimentos, adequando-os a cada momento e situação. A auto-motivação é o que visa orientar as emoções para um objectivo ou realização pessoal, sendo importante na capacidade de se adiar algum prazer imediato, com o objectivo de se concretizar uma meta a longo prazo (tarefa essa que exige um bom nível de tolerância), tal como na insistência de se concretizar algo sem desistir. A empatia permite-nos reconhecer as emoções dos outros, possibilitando que nos coloquemos no lugar dessa pessoa e assim compreender o outro lado, aspecto este essencial para a criação e desenvolvimento de relacionamentos interpessoais. As competências nos relacionamentos interpessoais é o que nos permite criar, desenvolver e manter bons relacionamentos; é saber comunicar, partilhar, pedir opiniões, dar espaço para ouvir os outros, trabalhar bem em equipa e gerir conflitos.

A inteligência emocional, para grande parte dos estudiosos do comportamento humano, pode ser considerada mais importante do que a inteligência mental (QI), para alcançar a satisfação a nível geral.

Toda a informação que chega até ao nosso cérebro, chega-nos através de nossos sentidos, e quando essa informação é extremamente stressante, a nossa resposta imediata e automática toma conta de nós e a nossa capacidade de agir torna-se limitada, e dessa forma a nossa resposta é uma reacção instintiva. Assim, para termos acesso às diversas opções de reposta para cada situação e para termos a capacidade de tomar boas decisões, é preciso sermos capazes de manter as nossas emoções em equilíbrio. O desenvolvimento da inteligência emocional permite-nos reduzir o stress, permanecermos focados, e ficarmos conectados connosco e com os outros.

Todos nós temos a possibilidade de melhorar qualquer das características aqui descritas que compõem a inteligência emocional, através de um maior conhecimento de nós próprios e da aquisição de novos hábitos e de novas formas de reagir. Assim, podemos melhorar as nossas relações pessoais, o nosso trabalho, a vida social... o nosso bem-estar de uma forma geral.

Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.

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